SÃO LUÍS – A fim de articular com a iniciativa privada, mas também com o poder público, em torno de ações de interesse da indústria, mobilizando os setores produtivos locais, a Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA) destaca oportunidade de apoio à pesquisa na área da indústria do couro no Maranhão. O edital N° 25/2021 - Cadeia Produtiva do Couro, que visa apoiar projetos de pesquisa aplicada e extensão tecnológica e de inovação relacionados à cadeia produtiva do couro, foi prorrogado, e as inscrições vão até o dia 28 de janeiro de 2022. Para participar, os projetos devem ser desenvolvidos em instituições de ensino superior e/ou pesquisa, sediadas no Maranhão, junto aos pecuaristas familiares e empreendedores.
De acordo com os dados do edital, o Maranhão é um dos estados mais promissores no ramo coureiro, sendo o 13º maior exportador do país e o 4º maior do Norte/Nordeste. No entanto, não há curtume de couro acabado no Estado. Apenas é comercializada matéria-prima, couro wet blue semi acabado, para o mercado nacional e internacional. A atividade caracteriza-se pelo uso de mão de obra intensiva, pela predominância de empresas de médio porte e por um nível relativamente baixo de inovação tecnológica.
“Ações de apoio à cadeia produtiva do couro e seus derivados, que contribuam para o desenvolvimento desse setor, podem mudar a realidade das empresas de pequeno e médio porte que atuam no ramo”, frisou o superintendente da FIEMA, César Miranda, reforçando a atuação do Sindicato das Indústrias de Curtimento de Couros e Peles no Estado do Maranhão (Sindicouros), vinculado à Federação, como suporte às empresas industriais do ramo coureiro.
Contribuir para a produção de dados científicos sobre a situação da cadeia produtiva do couro no Maranhão, estimular pesquisas aplicáveis à dinamização da cadeia produtiva e incentivar a tecnologia e inovação voltadas à produção são alguns dos objetivos do edital.
Os projetos a serem desenvolvidos deverão seguir um dos eixos temáticos indicados, entre eles, qualidade das peles bovinas, ovinas e caprinas; qualidade dos couros (pele curtida) - ensaios químicos e físicos-mecânicos; cluster de produção de couros, calçados, vestuário e moveleiro; curtimento de peles de peixes e industrialização do couro; materiais e processos na cadeia produtiva do couro; e desenvolvimento de materiais e tecnologia para aplicação na cadeia produtiva do couro. O valor das propostas por faixa é de até R$ 35 mil para doutores e até R$ 20 mil para mestres, sendo o prazo de execução dos projetos de até 24 meses.
“O Sistema FIEMA, por meio do SESI, SENAI, e IEL e da própria Federação tem participação importante neste segmento coureiro. Ao longo dos anos, capacitamos os trabalhadores com tecnologia e inovação, proporcionando o deslocamento de unidades móveis até as áreas de maior produção, além do treinamento e o aperfeiçoamento nas tecnologias de tratamento e beneficiamento do couro para transformação em bens de consumo”, lembrou o superintendente.
O edital é uma iniciativa do Governo do Estado do Maranhão, por intermédio da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI) e da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA), com o objetivo de promover o desenvolvimento socioeconômico, o empreendedorismo social e a diminuição dos impactos da tecnologia no meio ambiente, no âmbito da linha de ação “Mais Inovação”.