SÃO LUÍS – A pesquisa mensal da sondagem industrial da construção civil, elaborada pela Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA), apontou que o nível de atividade do setor caiu em dezembro de 2021, fechando o ano passado com o indicador 32% menor que no mês anterior. Com 28,2 pontos, a atividade atingiu exatamente o mesmo nível de dezembro de 2020, afastando-se ainda mais da linha dos 50 pontos, o que indica que a atividade está em baixa. No Brasil, o nível de atividade diminuiu 0,3 pontos registrando 48,2 pontos e, no Nordeste, o declínio foi de 2,1 pontos.
Sinalizando o impacto da pandemia no segmento da construção, o nível de atividade efetivo em relação ao usual diminuiu em dezembro e apesar de aumentar 3,2 pontos, o indicador continuou abaixo para o mês. Não foi registrado no ano de 2021 nenhum mês em que o nível ultrapassasse os 41 pontos no Maranhão. Apesar do declínio na atividade, a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) cresceu treze pontos percentuais, alcançando os 61,0 pontos.
Com o nível de atividade da construção declinando, não houve evolução do número de empregados em dezembro frente ao mês anterior. O índice que mede a evolução dessa variável diminuiu 4,3 pontos marcando 28,2 pontos. O indicador não ultrapassa a linha divisória dos 50 pontos desde maio de 2021. No Brasil, o recuo foi de 49,0 para 48,6 pontos nesse indicador. Segundo o Novo Caged, apesar das dificuldades conjunturais, o setor da Construção gerou, entre janeiro e novembro de 2021, 8.480 novos postos de trabalho no Maranhão.
EXPECTATIVAS – Mesmo com os indicadores abaixo na média, os empresários esperam que nos próximos seis meses a compra de matérias-primas cresça 4,4 pontos, chegando aos 50 pontos. Esse foi o único, entre os indicadores de expectativas, com variação positiva. A mesma pontuação (50) foi registrada nos indicadores nível de atividade, número de empregados e novos empreendimentos, porém diminuíram em relação as expectativas criadas em novembro.
A Sondagem da Indústria da Construção é realizada mensalmente pela FIEMA em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Nesta edição, foram entrevistados representantes das empresas de construção civil do Maranhão de pequeno porte, médio e grande porte, no período de 3 a 14 de janeiro de 2022.