RIO DE JANEIRO – Desde 2021, a Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA) vem realizando ações inclusive com reuniões na Federação das Indústrias do Pará (FIEPA) para tratar da
exploração de óleo e gás no Norte do Brasil, porém ainda sem perfurações exploratórias nas águas profundas da Bacia Pará-Maranhão.
Nesta semana, o presidente da FIEMA, Edilson Baldez participou presencialmente de uma reunião com o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Fernando Borges.
Baldez representou a classe empresarial na comitiva comandada pelo secretário de Desenvolvimento Econômico e Programas Estratégicos do Governo do Maranhão, José Reinaldo Tavares, que visitou na última quarta-feira, 22, a Petrobrás, no Rio de Janeiro.
A comitiva, que ainda contou com a presença do presidente da Gasmar (Companhia Maranhense de Gás), Allan Kardec Duailibe, e do engenheiro e consultor, Arthur Cabral, foi recebida na companhia para obter informações sobre os planos de investimentos para a Margem Equatorial brasileira.
GEOGRAFIA - O Maranhão está inserido na região que compreende o litoral do Rio Grande do Norte ao Oiapoque (AP) e concentra as bacias Foz do Amazonas, Bacia Pará-Maranhão, Bacia Barreirinhas, Ceará e Potiguar.
Considerada o “Novo Pré-Sal do Brasil”, a Margem Equatorial brasileira tem potencial para produzir de 20 a 30 milhões de barris de óleo, com impacto direto na economia do estado.
A FIEMA tem provocado o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Programas Estratégicos (SEDEPE), para uma atuação decisiva para que a Petrobras priorize a exploração da área de amplo potencial petrolífero.
HISTÓRICO - Em 2019, oito blocos da bacia PA-MA chegaram a ser anunciados para a 17ª rodada de licitação, animando empresas do setor energético a investirem em estudos e prospecções, porém a oferta foi retirada do leilão em razão de entraves ambientais contestados pelos especialistas no estudo.
Na oportunidade, o ex-diretor da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e professor da UFMA, Allan Kardec Barros, que também é consultor da FIEMA e hoje preside a Gasmar apresentou o estudo “Um Novo Pré-Sal no Arco Norte do Território Brasileiro?” na FIEMA e na FIEPA.
Kardec é um dos autores de uma nota técnica que aponta a existência de algo em torno de 30 bilhões de barris de petróleo na Bacia PA-MA, quase o mesmo volume encontrado no Pré-Sal, no Rio de Janeiro. De acordo com Kardec, “se confirmadas as expectativas, especialmente os estados do Maranhão, Pará e Amapá, poderão beneficiar-se de vultosas receitas diretas (tributos e royalties) e indiretas (desenvolvimento industrial e do setor de serviços, com expressiva geração de empregos) que poderiam ser geradas pela exploração e produção petrolífera”.