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CT de Meio Ambiente da FIEMA discute oportunidades do RenovaBio para o setor de biocombustíveis


Data: 20 de junho de 2023
Crédito: Coordenação de Comunicação e Eventos - COCEV
Fotos: Coordenação de Comunicação e Eventos - COCEV
Fonte da notícia: Coordenação de Comunicação e Eventos - COCEV

A discussão sobre comercialização de crédito de carbono ocorreu durante reunião do Conselho Temático de Meio Ambiente da FIEMA como parte de um acordo de cooperação firmado entre a UFMA e o Sindicanálcool. A parceria no âmbito do Comitê de Bioenergia inclui o diagnóstico de empresas de biocombustíveis associadas ao Sindicanálcool e a criação de grupos de trabalho para discussão e disseminação de informações que visam alavancar o mercado de crédito de carbono no Maranhão.

 

O RenovaBio é uma iniciativa de 2016 do Ministério de Minas e Energias (MME) que visa expandir a produção de biocombustíveis com base na previsibilidade e sustentabilidade ambiental, econômica e social. Para falar sobre o assunto foi convidado o engenheiro eletricista Paulo Roberto Machado Costa. Ele integrou a equipe que construiu a Política Nacional de Biocombustíveis - RenovaBio. Paulo Costa liderou a articulação com o setor financeiro no processo de emissão, negociação e aposentadoria dos Créditos de Descarbonização do RenovaBio negociados na B3 S.A., ex-BMF Bovespa.

 

Milton Campelo, presidente do Sindicanálcool, disse que o setor tem pautas de trabalho extremamente desafiadoras para esse momento de transição energética. "Entendemos a necessidade de realização de pesquisa nessa região do Cerrado e da Amazônia, onde atuamos, nos estados do Maranhão e do Pará. As indústrias associadas estão em uma região estratégica", destacou o presidente do Sindicato das Indústrias de Cana e Álcool do Estado do Maranhão e Pará.

 

Cíntia Ticianeli, que sócia administradora e diretora Comercial e Financeira da Agrossera, diretora do Sindicanálcool e da FIEMA, lembrou que desde 2015 a empresa já trabalhava com o tema da energia sustentável e trabalhava ativamente para aprovar a lei do RenovaBio, que é inédita no mundo. "A nossa unidade é uma das primeiras a ser certificada no Norte e Nordeste. O nosso processo já é Net-Zero e ainda buscamos contribuir positivamente para o estado, pois o nosso compromisso com o meio ambiente vai muito além", frisou.  

 

A professora da UFMA, Mikele Cândida, explicou que o acordo de cooperação com o Sindicanálcool visa dois objetivos principais. O primeiro deles é realizar um diagnóstico em cinco indústrias do setor em áreas como inovação, automação, qualidade e governança. Já o segundo visa criar grupos de trabalho que discutam informações que ajudem a traçar novos caminhos para alavancar o setor no estado. A palestra sobre as oportunidades do RenovaBio para o setor de biocombustíveis faz parte desse último objetivo.

 

RenovaBio- Entre outros aspectos discutidos na reunião, o palestrante Paulo Costa fez questão de destacar o papel positivo da academia para o mercado de crédito de carbono: para formação de mão de obra qualificada, no processo de certificação que pode ser absorvido pelo mercado e por meio do desenvolvimento tecnológico que promova a redução da pegada de carbono. Dentro dessa lógica, as universidades têm muito a contribuir", elencou.

 

Paulo lembrou que nos últimos cinco anos as mudanças climáticas se tornaram ainda mais relevantes, especialmente devido ao impacto negativo na economia. O risco climático tornou-se risco financeiro. A sensação de riscos aumentou. Daí a pressão do mercado consumidor para uma transição energética.

 

Ações em ESG, certificações, NET-Zero, criação de títulos verdes ou climáticos, fundos de venture capital que investem em inovações climáticas, empréstimos em bancos públicos associados a desempenho sustentável fazem parte desse contexto, assim como a criação de regulação do mercado por parte dos governos.

 

Ele explicou como funcionam os Mercados Regulado e Voluntário de Carbono. No primeiro se encaixam iniciativas como o RenovaBio, na qual há regulação do Estado com base em desdobramentos de acordos internacionais e no qual existe uma parte que é obrigada a adquirir os créditos. O segundo mercado, o Voluntário, é formado pela procura por projetos certificados com regras internacionais e nas quais as organizações enxergam criação de valor para as suas marcas. Um dos principais questionamentos da audiência foi sobre a preocupação relacionada à regulação dos preços dos créditos de carbono.

 

Também participaram da reunião o presidente do Conselho Temático de Meio Ambiente da FIEMA, Benedito Mendes, além de representantes da UEMA, ACM, Imesc, SEDEPE, SEINC, Sindipan, Banco da Amazônia e OAB.

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