SÃO LUÍS - De acordo com o Anuário Mundial de Competitividade publicado pela IMD Competitiveness Center, instituição que analisa a realidade dinâmica da competitividade industrial de 64 países, o Brasil ocupa a 60ª posição. Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA) e vice-presidente da CNI, Edilson Baldez, avançar em tecnologia e inovação é o caminho certo para encontrar alternativas mais favoráveis para o país, a exemplo do mercado de carbono zero.
O mercado de carbono zero, segundo Baldez, é uma inovação que precisa ser regulada para ajudar o país a crescer e melhorar a competitividade industrial. Além disso, o presidente da FIEMA falou que a aprovação na Câmara Federal da reforma tributária incentivou as micro e pequenas empresas, alicerces da geração de emprego e renda. A matéria foi encaminhada ao Senado, que fará os ajustes finais da legislação que beneficiará empresas, governo e população, além de facilitar a expansão dos negócios.
Competitividade industrial - A Confederação Nacional da Indústria (CNI) elaborou documento entregue ao governo federal tratando do Mercado Regulado de Carbono e da Competitividade Industrial, no qual a entidade apresenta proposta para regular a precificação de emissões de gases de efeito estufa.
A CNI defende o modelo de mercado sob a ótica cap and trade (padrão de precificação adotado pelo bloco de países europeus). Nesse modelo, as indústrias que emitirem menos gases de efeito estufa poderão vender a quantidade economizada. Já aquelas que superarem a cota estipulada poderão fazer a compensação com a compra da diferença no mercado regulado. “Assim, quem emite mais adquire os créditos de quem emite menos. Uma proposta bastante favorável à indústria maranhense voltada à descarbonização zero’, pontuou Baldez.
Para aprofundar o tema, a FIEMA realizará no próximo dia 13/07 o seminário “Descarbonização na Indústria e o Mercado do Crédito Carbono”, reunindo na sede da instituição especialistas de renome na área, como o gerente executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo, além de representantes de empresas como Consórcio Alumar, Aço Verde Brasil, Emap (Porto do Itaqui), integrantes do governo do estado (Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Programas Estratégicos (SEDEPE) e Secretaria da Indústria e Comércio (SEINC) e entidades conceituadas como o CIMATEC/SENAI, da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEBA). O encontro é coordenado pelo vice-presidente executivo da FIEMA, Luiz Fernando Renner.
Na pauta do encontro destacam-se temas como o panorama do Mercado de Crédito de Carbono, a legislação e o processo de certificação das indústrias, assim como estratégias e ações para adaptação da base industrial ao novo modelo energético, vulnerável as alterações climáticas e à redução de emissão de gás carbono.
“O tema é estratégico devido a sua importância para o Maranhão e para o Brasil e será abordado sob a perspectiva do que as indústrias precisam conhecer para sua adaptação ao modelo de baixo carbono, a fim de melhorar a eficiência da sua matriz energética e reduzir a emissão de poluentes’, frisou Baldez. O seminário tem foco no setor industrial maranhense e visa despertar os empresários para essa temática que poderá afetar seus negócios em futuro não muito distante.
O seminário será apenas para convidados. O público em geral poderá acompanhar as palestras pelo canal do Sistema FIEMA no Youtube.
PROGRAMAÇÃO
8:00h às 8:30h - CREDENCIAMENTO E CAFÉ DA MANHÃ
8:30h às 8:50h - ABERTURA
Luiz Fernando Coimbra Renner -Vice-Presidente da FIEMA e Coordenador do GT Pensar o Maranhão
Júnior Marreca - Secretário da SEINC
José Reinaldo Tavares - Secretário da SEDEPE
Pedro Chagas - Secretário da SEMA
Davi Bomtempo - Gerente Executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI
08:50h às 09:40h - DESAFIOS DA DESCARBONIZAÇÃO NO PAÍS
A descarbonização na indústria será discutida em sua amplitude, ressaltando investimentos necessários e a sua importância estratégica para o Brasil e o Maranhão.
Palestrante: Davi Bomtempo – Gerente Executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI.
09:40h às 10:20h – O QUE AS INDÚSTRIAS PRECISAM CONHECER E FAZER ACONTECER
Abordagem sobre o que as indústrias precisam conhecer para buscarem sua adaptação ao modelo de baixo carbono, ampliando a eficiência da matriz energética e reduzindo as emissões de poluentes.
Palestrante: Chrislaine do Bomfim Marinho – SENAI CIMATEC/BAHIA
10:20h ÀS 10:40h – ABRINDO CAMINHOS PARA UMA INDÚSTRIA VERDE
Palestrante: Silvia Carvalho Nascimento e Silva - Executivo da empresa Aço Verde do Brasil - AVB
10:40h ÀS 11:00h – PRÁTICAS EM DEFESA DA DESCARBONIZAÇÃO (OU USO DE TECNOLOGIAS LIMPAS NO SETOR MARÍTIMO)
Palestrante: Luane Lemos- Executiva da Empresa Maranhense de Administração Portuária – EMAP
11:00h às 11:20h – Roda de discussão com as palestrantes e perguntas do público em geral.
11:20h ÀS 11:40h – COMO A ALUMAR DEFENDE O MERCADO REGULADO DE CARBONO
Palestrante: Thaísa C Couto Bissacot – Gerente Regional de Meio Ambiente da Alcoa - ALUMAR
11:40h às 12:10h - O MERCADO DE CARBONO – Regulamentação
Nesta palestra serão abordados conceito, legislação, funcionamento do mercado de crédito carbono, processo de certificação e o que as empresas estão fazendo ou precisam fazer para se beneficiarem desse mercado; apresentação de exemplos de práticas bem-sucedidas.
Palestrante: Fabrício Brito - Secretário Adjunto da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico e Programas Estratégicos – SEDEPE
12:10h às 12:40h – O MERCADO DE CRÉDITO CARBONO
Apresentação do atual panorama do Mercado de Crédito Carbono, examinando a legislação e o processo de certificação das indústrias; estratégias e ações para adaptação das indústrias a esse novo modelo e vulnerabilidade às alterações climáticas, e promoção da redução de emissões de gás carbono
Palestrante: Julia Sagaz – Coordenadora do GT Licenciamento Ambiental e de Recursos Hídricos - FMASE
12:40h às 13:00h – Roda de discussão com as palestrantes e perguntas do público em geral.
13:00h – ENCERRAMENTO
Luiz Fernando Coimbra Renner - Vice-Presidente da FIEMA