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Exploração da Margem Equatorial significa diminuição da desigualdade social


Data: 23 de julho de 2024
Crédito: Coordenadoria de Comunicação e Eventos do Sistema FIEMA
Fotos: Cocev/São Luís
Fonte da notícia: Coordenadoria de Comunicação e Eventos do Sistema FIEMA

SÃO LUÍS – O Conselho Temático de Desenvolvimento Industrial e Inovação (CODIN), da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA), discutiu nesta segunda-feira (22/07) os desafios para a exploração de petróleo e gás na Margem Equatorial.  Na ocasião, Allan Kardec, presidente da Gasmar, enfatizou a necessidade de um debate geopolítico sobre a temática e a importância da energia para o desenvolvimento econômico do Maranhão.

Além de presidente da Companhia Maranhense de Gás (Gasmar), Kardec presidiu a Agência Nacional de Petróleo (ANP), é professor titular da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), PhD e pós-doutor. Em sua apresentação, o engenheiro elétrico comparou a exploração de petróleo em diferentes regiões do mundo e destacou a importância geopolítica do debate, o potencial de geração de empregos e o aumento do Produto Interno Bruno (PIB) com a exploração de petróleo da Margem Equatorial, além dos desafios ambientais e regulatórios em torno do tema.

Ao citar um estudo da Universidade de Stanford, publicado na revista Nature Eletronics, Kardec chamou a atenção do público para o aumento do consumo de energia no mundo com o uso da Inteligência Artificial (IA). “A quantidade de energia necessária para treinar modelos de IA ultrapassará o consumo energético global anual até 2030”, lembrou o pesquisador.  Ele ainda comentou que não por acaso os Estados Unidos lideram a produção global de petróleo bruto desde 2015, quando passaram de importadores a exportadores.

MARGEM EQUATORIAL – O potencial da Margem Equatorial Brasileira, faixa que vai do Amapá ao Rio Grande do Norte, está distribuído por cinco bacias sedimentares: Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar. ‘’A bacia Barreirinhas é a mais exuberante e promissora”, avaliou Kardec, explicando que tanto essa quanto a bacia Pará-Maranhão estão dentro do território maranhense.

Kardec avaliou que na região que compreende a Margem Equatorial estão localizados alguns dos estados com menor PIB per capita do país e com o maior índice de desigualdade social. “Somos um planeta faminto por energia e o Brasil é hoje responsável por apenas 1º das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). O consumo per capita de energia gerada por combustíveis fósseis é de 53% e de 46% de fontes renováveis no Brasil. No mundo, essa relação é de 82% para 13%, respectivamente. Então, não dá para mudar essa relação de consumo de uma hora para outra”, argumentou Kardec.

A expectativa de investimentos em óleo e gás na Margem Equatorial, até 2034, é de R$ 11 bilhões por ano. O total de empregos gerados em obras deve superar a casa dos 45 mil, empregos diretos em torno de 3 mil e indiretos aproximadamente 15 mil. “Sem transferência de renda, as pessoas morrem. O Brasil não pode desistir de ser protagonista na condução dessa temática”, disse Kardec taxativo.

Além dos desafios da exploração da Margem Equatorial, o coordenador do Observatório da Indústria do Maranhão, Carlos Jorge Taborda, fez uma apresentação sobre a iniciativa da FIEMA e explicou como o Observatório irá monitorar indicadores do Plano Maranhão 2050. Carlos Jorge Taborda, o professor Carlos César Teixeira, reitor do IFMA, e Allan Kardec passaram a integrar o CODIN como membros efetivos. Raimundo Arruda, diretor regional do SENAI-MA, agora é vice-presidente do CODIN.

CONSELHO TEMÁTICO - O vice-presidente executivo da FIEMA e presidente do CODIN, Luiz Fernando Renner, explicou que o Conselho é o órgão consultivo da Federação que se propõe a monitorar a aplicação de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento da indústria e que propõe iniciativas que contribuam para a otimização e diversificação do setor produtivo do estado.

“Incentivamos a inovação e o desenvolvimento tecnológico. Daí porque discutimos neste espaço temas como Nova Indústria Brasil (NIB), descarbonização, energia renovável, transição energética, verticalização de cadeias produtivas, implantação de Zonas de Processamento de Exportação (ZPE) e distritos industriais, assim como a exploração de petróleo e gás”, explicou.

Participaram da reunião o presidente da FIEMA, Edilson Baldez; o superintendente da FIEMA, César Miranda; o secretário da SEDEPE, o ex-governador José Reinaldo Tavares; o diretor institucional da Equatorial Energia, José Jorge Leite Soares; Luciana Kuzolitz, gerente de Planejamento da EMAP/Porto do Itaqui; representantes do reitor da UEMA, Jucivau Ribeiro e João Firmino; presidente do Simetal, Ernani Freitas, do Sindicor, do Sindicnácool, da Alumar, entre outros.

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